Romanceiro da Incofidência

“Ai, palavras, ai, palavras,

que estranha potência, a vossa!

Ai, palavras, ai, palavras,

sois de vento, ides no vento,

no vento que não retorna,

e, em tão rápida existência,

tudo se forma e transforma!

Sois de vento, ides no vento,

e quedais, com sorte nova! […]

A liberdade das almas,

ai, com letras se elabora…

E dos venenos humanos

sois a mais fina retorta:

frágil, frágil como vidro

e mais que aço poderosa!

Reis, impérios, povos, tempos,

pelo vosso impulso rodam… “

 

Eu fiquei o maior tempão pensando se soltava ou não um texto que escrevi, mas meu senso crítico me mandou deixar ele esfriar um pouco. Acabei achando esse trecho do Romanceiro da Inconfidência – Cecília Meireles – em um dos meu cadernos de rascunho e achei um milhão de vezes superior ao meu! haahahah Meio óbvio, né?

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